sábado, 28 de julho de 2012

Mudar o Mundo é pensar nos outros

E eu concordo plenamente, pois vejo que a chave para um mundo mais sustentável em todos os aspectos, seja no meio ambiente, relações humanas, economica e culturalmente, é a capacidade de reconhecer os próprios sentimentos e os dos outros. É perceber que tudo que queremos para nós mesmos e a nossa família, o outro também quer. É se colocar no lugar de outro indivíduo, sentindo suas experiências como se fossem nossas.
A essa habilidade chamamos de empatia, palavra criada pelo psicólogo Theodor Lipps (1851-1914).
A empatia se desenvolve no ser humano antes mesmo da própria linguagem. Mas para termos essa resposta afetiva apropriada à situação de outra pessoa, é necessário criar um hábito diário. Expandir esse conceito a toda a humanidade e não só ao círculo de pessoas próximas.
Em seu livro “A riqueza das nações”, Adam Smith afirma que: “Por mais egoísta que se possa admitir que seja o homem, é evidente que existem certos princípios em sua natureza que o levam a interessar-se pela sorte dos outros e fazem com que a felicidade destes lhe seja necessária, embora disso ele nada obtenha que não o prazer de a testemunhar”.
A questão não é ser sentimentalista, mas sim identificar que somos amplamente moldados pela sociedade. Quanto mais estratificada a sociedade, menor a igualdade, menor o número de pessoas com quem você terá relacionamentos recíprocos e simétricos, menor é a quantidade de amor ao próximo.
Muitos animais sobrevivem cooperando e compartilhando os recursos, e não aniquilando-se uns aos outros ou conservando tudo para si mesmo. Existem estudos que indicam que a empatia tem uma resposta humana universal, comprovada fisiologicamente. Por isso, onde quer que você vá, esse ato será bem vindo.
No momento em que você passa a incorporar na vida atitudes de gentileza, carinho, respeito e cooperação, automaticamente você se predispõe a ser um indivíduo mais altruísta.
O primatologista Frans de Wall traz em sua obra “A Era da Empatia – lições da natureza para uma sociedade mais gentil”, um estudo sobre a empatia e a natureza dos animais.
Frans de Wall demonstra em seu livro que essa é uma característica inerente à natureza dos animais e faz parte dos mecanismos de desenvolvimento e preservação das espécies. Somos pré-programados para estender a mão aos nossos semelhantes. Porém, esse tipo de programação instintiva pode ser bloqueada mentalmente ou estimulada.
Existe um mito na sociedade. Esse mito é que as pessoas são competitivas, individualistas e egoístas por natureza. Quando a verdadeira realidade é o oposto.
Temos certas necessidades humanas, e a única maneira de falar concretamente sobre a natureza humana é entender essas necessidades. Temos necessidade de companheirismo, de contato íntimo, de sermos amados, conectados e aceitos. De sermos vistos e reconhecidos por quem somos.
Se essas necessidades são atendidas, evoluímos para pessoas compassivas, cooperativas e empáticas para os outros.
Então o oposto que muitas vezes vemos em nossa sociedade é na realidade, uma distorção da natureza humana. Precisamente porque tão poucos têm suas necessidades atendidas.
A partir dessa informação o que podemos fazer é desenvolver o autoconhecimento. Observar os seus próprios sentimentos e entender a relação entre seus pensamentos, sentimentos e reações. Reconhecer as diferenças no modo como as pessoas se sentem em relação a fatos e comportamentos. E com isso, gerar ações conscientes e diárias, para criar um condicionamento positivo de resposta ao próximo.
Entender que somos singulares, mas ao mesmo tempo plural, e que a humanidade é uma grande família. Nascemos com as aptidões de boas relações humanas e inteligência emocional. Porém, precisamos alimentá-la, pois na nossa formação acadêmica não somos estimulados a desenvolver essas habilidades.
Dessa forma, uma pessoa com qualidades de relacionamento humano bem desenvolvidas, como afabilidade, compreensão e gentileza tem mais chances de obter o sucesso em qualquer área da sua vida.
E com isso não só o outro ganha, mas principalmente você mesmo.

terça-feira, 24 de julho de 2012

...

Society


Oh, it's a mystery to me
We have a greed with which we have agreed
And you think you have to want more than you need
Until you have it all you won't be free



Society, you're a crazy breed
Hope you're not lonely without me...
When you want more than you have
You think you need...
And when you think more than you want
Your thoughts begin to bleed
I think I need to find a bigger place
Because when you have more than you think
You need more space



Society, you're a crazy breed
Hope you're not lonely without me...
Society, crazy indeed
Hope you're not lonely without me...



There's those thinking, more is less, less is more
But if less is more, how you keeping score?
Means for every point you make, your level drops
Kinda like you're starting from the top
You can't do that...



Society, you're a crazy breed
Hope you're not lonely without me...
Society, crazy indeed
Hope you're not lonely without me...



Society, have mercy on me
Hope you're not angry if I disagree...
Society, crazy indeed
Hope you're not lonely without me...


(Eddie Vedder - Into the Wild soundtrack)

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Anda jantar, Pedro!

Anda jantar, Pedro!
Sem querer soar como um daqueles velhos chatos que anda constantemente a exclamar “ainda sou do tempo em que…” a verdade é que… sou do tempo em que os miúdos andavam na rua a brincar o dia todo, sem relógios e muito menos telemóveis para controlarem os seus horários. Só voltava para casa quando ouvia a minha mãe gritar “anda jantar, ...
Pedro!”. E nunca era à primeira.
Éramos todos uns “lingrinhas”; talvez houvesse um ou outro miúdo mais gorducho mas, sinceramente, não me lembro. Era tanta a energia que despendíamos a correr de um lado para outro e a andar de bicicleta que ninguém conseguia engordar, mesmo que tentasse muito. Mas também não existiam cadeias de “comida rápida”, computadores ou consolas de jogos…
Na altura, as bicicletas Vilar dominavam a cena. Alguns privilegiados andavam de Raleigh Chopper, aquelas com uma manete de mudanças parecida com as dos carros, mas eu andava de Vilar.
O termo singlespeed ainda não estava na moda, mas a minha Vilar não tinha mudanças; e os travões também não duraram lá muito tempo – as rodas rapidamente ficaram “feitas num oito”, à conta das mais variadas acrobacias a que a bicicleta foi sujeita, o que me obrigou a ver-me livre destes (úteis) dispositivos. A técnica do sapato de ténis contra o pneu traseiro, para desespero dos meus pais, passou a ser a única forma relativamente eficaz de parar a minha Vilar.
Sem mudanças e sem travões, a robusta Vilar passou por várias “fases”; foi uma bicicleta de “motocross”, quando lhe montei uns pneus cardados e um guiador de “motocross” tão largo que não cabia no portão, mas foi também uma moto de pista quando serrei esse mesmo guiador e o transformei nuns “avanços” que combinavam na perfeição com a “baquet” que fiz em madeira para colocar sobre o selim. Adorava a minha Vilar, tal como todos os miúdos adoravam as suas bicicletas. As bicicletas faziam parte do nosso dia-a-dia.
Actualmente, a situação é muito diferente. E, sem querer soar como um daqueles velhos chatos que anda constantemente a exclamar “ainda sou do tempo em que…”, não é melhor.
As crianças e os jovens alimentam-se mal, não gastam energia em actividades físicas (para além da pouca que é exigida para carregar em teclados de telemóveis, computadores ou consolas), e a larga maioria dos seus pais continua a alimentar esta catástrofe das mais variadas formas. Basta olhar para a porta de qualquer escola primária ou mesmo secundária à hora de saída e contar o número de carros estacionados, com um adulto sentado lá dentro à espera do filho ou da filha, e comparar esse mesmo número com a quantidade de crianças que saem da escola a pedalar. Acho que não é preciso dizer mais nada, infelizmente.
Interrogados, os pais usarão os chavões habituais: falta de segurança, trânsito caótico, etc. Mas não será mais uma questão cultural? Em Portugal, demasiadas pessoas vivem para os seus automóveis e continuam a olhar para os ciclistas como uns “desgraçados” que não têm dinheiro para andar de carro todos os dias. E passam essa visão para os seus filhos. As mentalidades demoram a mudar mas espero ainda um dia voltar aos tempos das “Vilares”, das crianças “lingrinhas” e das mães a gritar “anda jantar!”.


segunda-feira, 9 de julho de 2012

Um momento de reflexão...









("True Self" by Giampaolo Sgura)

Vou tirar esta foto...




"Não é a montanha que conquistamos, mas nós próprios." 
                                                                  (Sir Edmund Hillary)

sexta-feira, 8 de junho de 2012

A 7ª característica...


"Seriedade e alegria não são mutuamente excludentes. Você pode ser uma pessoa contagiantemente alegre e, ao mesmo tempo seriíssima dentro dos preceitos comportamentais que regem a vida em sociedade. A alegria é saudável e nos predispõe a uma vida longa e feliz. A alegria esculpe nossa fisionomia para que denote mais juventude e simpatia. A alegria cativa e abre portas que, sem ela, nos custariam mais esforço. A alegria pode conquistar amigos sinceros e preservar as amizades antigas. Pode até salvar casamentos. (...)"
(Tratado de Yôga - Mestre DeRose)

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Quadro...


"O objectivo da arte não é representar a aparência
exterior das coisas, mas o seu significado interior."
                                                                                                                                                                (Aristóteles)

                                                                                                                                  (fotografia de Maria Petrova)



terça-feira, 29 de maio de 2012

terça-feira, 15 de maio de 2012

O Mestre e a Fogueira

Numa tradicional Escola de filosofia indiana havia um Mestre muito sábio. Tanto que seus discípulos eram muitos e enormemente engajados. Um deles se destacava pelo brilhantismo, talento individual, alinhamento com o Mestre e realizações. Era o satchêla, o discípulo verdadeiro. Aquele que mais contribuía para a obra e o bom nome de seu Mestre.
Num determinado momento, e não sabemos ao certo o motivo, aquele discípulo que era um exemplo a todos os demais, começou a se afastar do Mestre. Deixou de comparecer às aulas e já não se correspondia com os demais. Após um tempo, o Preceptor começou a sentir cada vez mais a falta de seu melhor aprendiz e foi visitá-lo.
Ao abrir a porta de sua casa, o discípulo levou um choque ao receber o velho sábio. Ele ensaiou se desculpar pela ausência mas o Professor não o deixou falar. Este pediu-lhe que acendesse uma fogueira e ambos se sentaram para contemplar o fogo. Depois de alguns minutos, sem dizer sequer uma palavra, o Mestre se levantou e escolheu uma das brasas da fogueira, da qual partiam as mais altas chamas e a qual gerava mais calor e luz.
Ele retirou tal brasa e a afastou da fogueira, colocando próxima dos pés de seu satchêla. Ela que antes brilhava intensamente, agora começara a apagar. Primeiro, deixou de soltar chamas. Em seguida, já não liberava mais calor. Por último, estava se tornando um pedaço escuro e fumegante de madeira. Mas o velho não deixou que ela se extinguisse por completo. Tomou o toco minguante e colocou-o de volta no fogo.
Assim que tocou o calor do fogo, aquela porção de madeira voltou a virar brasas, soltar chamas, brilhar e emitir calor. Até mais do que antes de ter sido retirada da fogueira. Assim que fez isso, o Mestre se levantou e ia se retirando, dirigindo-se à saída, mas o discípulo o abraçou e agradeceu o ensinamento, prometendo voltar às aulas no dia seguinte, para nunca mais se separar.
Apesar do silêncio que tomou todo o encontro, a lição havia sido transmitida.

Parábola extraída de um dos Cursos ministrados por DeRose

sábado, 12 de maio de 2012

Beleza (II)

"Não há beleza perfeita que não contenha algo de estranho nas suas proporções."  (Francis Bacon)


                    

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Palavras sábias!


"(...)Às vezes, para não dizer quase sempre, a vida é simples. O que dificulta é a nossa forma de entendermos e observarmos as coisas e de como nos adaptamos a elas. 

Com o avançar do tempo de vida, o acumular de experiências e a maturidade alcançada, concluímos que devemos ser mais crianças com maturidade e menos adultos imaturos, cinzentos e complicados, que não dão valor às coisas boas e simples que apimentam e dão sentido à vida, deixando essas experiências passar-lhes ao lado.

As pessoas complicam muito as coisas!

«Sente saudade? Ligue. Quer encontrar? Convide. Quer compreensão? Explique-se. Tem dúvidas? Pergunte. Não gostou? Fale. Gostou? Fale mais. Está com vontade? Faça. Quer algo? Pedir é a melhor maneira de começar a merecer. Se o "não" você já tem, a tentar, só corre o risco do "sim". 
A vida é uma só.»

Viva com intensidade e simplicidade a vida! Uma boa semana repleta de boas experiências."

segunda-feira, 7 de maio de 2012

2ªs com bom apetite

Vejam o filme que se segue e reparem nas vantagens que é ter uma alimentação inteligente, nem que seja somente um dia por semana. 


quinta-feira, 3 de maio de 2012

Beleza

"A beleza de um corpo nu só a sentem as raças vestidas. O pudor vale sobretudo para a sensibilidade como o obstáculo para a energia."    Fernando Pessoa
                      
                        
       

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Sunny Acres Farms

O filme que se segue é de terror mas tem um final aparentemente feliz. Todos os dias este filme repete-se vezes e vezes sem conta,  continuando no final a existir sorrisos porque a maioria não o vê desde o inicio.  


sexta-feira, 13 de abril de 2012

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Para pedalar pela cidade...


A Levi's desenvolveu uma linha de roupa para ciclistas urbanos, que tornam a condução mais confortável e segura.  As novas Commuter, foram especialmente criadas para responder às necessidades dos ciclistas urbanos.  Têm detalhes refletores para aumentar a visibilidade, um tratamento que protege de odores e que dá a sensação de frescura, outro que as torna resistentes à água e repelentes a manchas.

É ótimo ver como as grandes marcas apostam cada vez mais em produtos para melhor "bicicletar", havendo cada vez menos desculpas para quem ainda não usa regularmente a bicicleta como meio de transporte na cidade :)

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Angelolatria...


Aceita esta dança?





A 2ª Edição do PORTUGAL A DANÇAR consiste num evento a nível Nacional, entre os dias 21 e 29 de Abril de 2012, onde a Associação Dê + Coração - Movimento Daniela promove a dança. Possui um cariz solidário onde o valor do bilhete representa um donativo que reverte integralmente a favor da Associação referida, que ajuda crianças com doenças cardíacas através do Instituto do Coração (ICOR) em Moçambique.

Para participares basta adquirires um Bilhete de aula (€5,00) ou um Free Pass Semanal (€15,00) e inscreveres-te junto das cerca de 75 escolas de dança, ginásios e academias. Podes obter uma informação mais pormenorizada em
www.portugaladancar.com.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

E assim começa...



"Qualidade de vida é relacionar-se de maneira descontraída, ética e responsável com o meio ambiente e o meio sócio-cultural, procurando compartilhar e interagir, agregando sempre generosidade, elegância, respeito e carinho às nossas relações humanas (sociais, profissionais, familiares, afetivas e outras), mediante a adoção de um conjunto de valores que incluem boa cultura, boa civilidade e boa educação


Qualidade de vida é manter um padrão de gastos dois degraus abaixo do que você ganhar. É residir próximo ao trabalho. É alimentar-se com frugalidade. É conseguir extrair satisfação de todas as coisas. É esbanjar o seu tempo dando atenção aos amigos e aos conhecidos. É dar flores à pessoa amada. É não se deixar abalar pelos percalços da vida. É amar com franqueza e perdoar com sinceridade."  DeRose